Sepse. Precisamos falar dela. - Técnico de enfermagem

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quinta-feira, 29 de abril de 2021

Sepse. Precisamos falar dela.

Em um ambiente hospital, falando de uma Unidade de Terapia Intensiva, paciente com sepse é um evento gravíssimo e esta entre as maiores causas de mortes em UTI's. Mas vamos partir do principio que se um paciente esta internado em uma UTI, obviamente seu quadro de saúde não esta bom e provavelmente seu sistema imunológico tambem não. Então imagina que esse paciente debilitado contraia uma bacteria/virus/fungo, quais as chances desse paciente evoluir para uma quadro mais grave? As chance é enorme. Por isso, é tão importante as lavagens das mãos, uso correto de EPI's, treinamento continuo das equipes multidisciplinares, nesse caso deixa eu repetir de novo multidisciplinar, porque não é só a equipe de enfermagem que cuida do paciente, mas esta envolvido também fisioterapeutas e médicos, os cuidados continuam com a desinfecção dos conectores de acesso venoso ou periférico do paciente, entre outras medidas. Vamos aprofundar mais no assunto?



O que é SEPSE?

A sepse é um conjunto de manifestações graves em todo o organismo produzidas por uma infecção. A sepse era conhecida antigamente como septicemia ou infecção no sangue. Hoje é mais conhecida como infecção generalizada.

Na verdade, não é a infecção que está em todos os locais do organismo. Por vezes, a infecção pode estar localizada em apenas um órgão, como por exemplo, o pulmão, mas provoca em todo o organismo uma resposta com inflamação numa tentativa de combater o agente da infecção. Essa inflamação pode vir a comprometer o funcionamento de vários dos orgãos do paciente.

Por isso, o paciente pode não suportar e vir a falecer. Esse quadro é conhecido como disfunção ou falencia de múltiplos órgãos. É responsável por 25% da ocupação de leitos em UTIs no Brasil. Atualmente a sepse é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e o câncer. Tem alta mortalidade no país, chegando a 65% dos casos, enquanto a média mundial está em torno de 30-40%. Segundo um levantamento feito pelo estudo mundial conhecido como Progress, a mortalidade da sepse no Brasil é maior que a de países como Índia e a Argentina.

A doença é a principal geradora de custos nos setores público e privado. Isto é devido a necessidade de utilizar equipamentos sofisticados, medicamentos caros e exigir muito trabalho da equipe médica. Em 2003 aconteceram 398.000 casos e 227.000 mortes por choque séptico no Brasil com destinação de cerca de R$ 17,34 bilhões ao tratamento.

Qualquer pessoa pode ter Sepse?

Sim. No entanto, pessoas com o sistema imunológico enfraquecido têm mais chances de sofrer com esse problema. Entre elas:

  • Adultos com mais de 60 anos de idade;
  • Crianças com menos de um ano de idade;
  • Pessoas com doenças crônicas do pulmão, fígado e coração;
  • Pessoas com Diabetes e AIDS;
  • Pessoas sem o Baço.

Quais o sintomas da Sepse?

A Sepse pode ser bastante difícil de identificar. Seus sintomas são comuns à várias outras doenças. Muitos pacientes com sintomas de Sepse não procuram ajuda médica por pensarem que estão com algum outro problema. Eles são encaminhados para os hospitais apenas em situações graves, quando o quadro torna-se difícil de reverter e os riscos de morte são muito altos. Entre os sintomas de Sepse, podemos citar:

  • Febre;
  • Sensação de confusão e fala arrastada;
  • Tremores fortes e dores musculares;.
  • Passar o dia sem urinar;
  • Falta de ar;
  • Sentimento de morte iminente;
  • Equimoses, manchas escuras na pele ou pele pálida.

Caso a doença seja identificada, ela deve ser tratada o mais rápido possível. Somente o médico poderá avaliar a situação e prescrever o tratamento mais adequado, com os antibióticos corretos para a situação. O tratamento precoce é muito importante e pode ser decisivo para salvar vidas.

A Sepse pode deixar sequelas?

Sim. Pessoas que passaram por quadros graves de Sepse e conseguiram resistir podem sofrer com perda de dedos e membros, com falta de memória, dificuldades de concentração e com transtornos de estresse pós-traumático.

Como prevenir a Sepse?

A melhor forma de prevenir a Sepse é evitar as infecções que podem dar origem a essa doença. Medidas simples como respeitar o calendário de vacinação das crianças, utilizar instalações sanitárias limpas, ingerir somente água potável e realizar partos em condições de higiene adequadas podem ajudar a prevenir a Sepse.


Algumas sugestões :

  • Educação continuada de todas as equipes;
  • Prescrição de antibióticos de espectro apropriado;
  • Trabalhos interdisciplinares que visam melhorar a condição de saúde geral do paciente e reduzir a contaminação do ambiente;
  • Cuidados rígidos com a higienização de todo o hospital. Leitos que acabaram de ser desocupados passam por uma completa e rigorosa esterilização.
  • Cuidados rígidos com a higiene pessoal de pacientes, familiares e profissionais, para evitar que contaminem uns aos outros.


Os textos publicados nesse blog têm caráter informativo e não substituem a consulta médica. Para um diagnóstico correto procure um médico e esclareça suas dúvidas.

fonte: Instituto Latino Americano de Sepse e Hospital S.O.S. Cardio

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